Portal SUGEP

Inova nº 31

“ A mudança não virá se esperarmos por outras pessoas ou por outros tempos. Nós somos aqueles por quem estávamos esperando. Nós somos a mudança que procuramos”. Barack Obama.

Evento Esse Papo me Interessa: Diversidade marca debate sobre mulheres em cargos de liderança

Caracterizada pela diversidade, a quinta edição do ciclo de debates Esse papo me interessa, organizado pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), abordou, na tarde de sexta-feira (12/3) o tema “Desafios das mulheres em cargos de liderança no poder público”. O encontro foi alusivo ao Dia Internacional da Mulher (8 de março) e teve transmissão ao vivo pela página da SPGG no YouTube. Trocas de experiências profissionais, dados estatísticos, reflexões e momentos de emoção marcaram a conversa, em especial no depoimento da secretária adjunta de Cultura do Estado, Gabriella Meindrad, mulher trans. Participaram ainda a advogada da União Kizzy Collares Antunes, a servidora da SPGG Priscila Mena, e a procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos da Procuradoria Geral do Estado (PGE/RS), Paula Ferreira Krieger.

O encontro foi aberto pelo governador Eduardo Leite e pela secretária adjunta da SPGG, Izabel Matte, com encerramento pela subsecretária de Gestão de Pessoas da SPGG, Iracema Castelo Branco. A apresentação musical ficou a cargo da fagotista Ange Bazzani, com sua composição Guabina em Pelotas. Ange foi a primeira mulher a ocupar o cargo de liderança do grupo de fagotes na história da Ospa. Na mediação, a diretora do Departamento de Gestão de Pessoas do Rio Grande do Sul, Andrea Pasquini.

Ao destacar conquistas e avanços, Gabriella Meindrad citou cotas: “garantem que mulheres como eu concluam faculdade ou ingressem no mercado de trabalho”. Lembrou que a conscientização não pode ser só do movimento, das pessoas trans, mas de toda sociedade, pois a estigmatização é um entrave ao crescimento. Como mulher trans, classificou a possibilidade de retificar o nome como a maior conquista que teve na vida, em um dos momentos comoventes do encontro. E citou a música de Dorival Caymmi que, por se chamar Gabriella, muito escuta: “eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim”.

Já a advogada da União Kizzy Collares Antunes encerrou seu depoimento citando o ativista dos direitos civis dos Estados Unidos Malcom X (1925-1965): “A pessoa mais desrespeitada na América é a mulher negra. A pessoa mais desprotegida na América é a mulher negra. A pessoa mais negligenciada na América é a mulher negra.” Antes, destacou diversas situações cotidianas vivenciadas por mulheres, como interrupções – estudos demonstram que mulheres são muitas vezes mais interrompidas do que homens-, descrédito e desconfianças quanto às capacidades de trabalhadoras, assédios e comentários sobre aparência e invisibilização. Kizzy relatou que, em muitas ocasiões em que participou de compromissos profissionais, percebia não ser reconhecida como advogada da União, pois os demais participantes esperavam um homem ou uma mulher branca. Destacou a importância de não se admitir nem pequenos deslizes, como piadinhas, e de votar bem.

Dados de relatório de 2016 do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apontavam que havia somente 11% de mulheres nos conselhos de administração e 13,6% nos cargos executivos de empresas, informou a advogada da União, indicando que, quanto mais alta a posição na escala hierárquica, menor é o número de mulheres. Quanto ao perfil da magistratura brasileira, números do Conselho Nacional de Justiça denunciam que apenas 16% são ministras, 23% desembargadoras e 39% juízas titulares.

Kizzy vê uma mudança no movimento feminista, que durante muito tempo não abarcou especificidades dos grupos que o compõem. A mulher negra é a base da pirâmide social brasileira, lembrou, sempre com os piores índices relativos a salários, moradia, sempre em desvantagem. As empresas, acrescentou, fazem parte do grande mecanismo e reproduzem as opressões que existem na sociedade: “Como machismo, racismo, são estruturais, se não há proatividade no combate aos preconceitos tanto de gênero como de raça, não se consegue caminhar de maneira efetiva”.

A servidora da SPGG Priscila Mena, autora do estudo “Percepções acerca das mulheres em cargo de liderança no Poder Executivo do Estado do RS”, apontou a morosidade com que a mulher está se inserindo como liderança, bem como a necessidade de muitas, para serem aceitas, assumirem posturas semelhantes a de homens no poder. Citou ainda a Síndrome de Queen Bee (abelha rainha, em inglês), em que líderes mulheres legitimam posições de desvantagem de outras mulheres dentro da organização. Priscila ressaltou que sustentabilidade também é pensar na igualdade de gênero, não só plantar árvores ou instalar painéis solares. A pandemia, acrescentou, tem demonstrado a importância de lideranças de mulheres no mundo.

Já a procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos da PGE/RS, Paula Ferreira Krieger, destacou a evolução da sua carreira na Procuradoria e o papel de destaque das mulheres em posições de liderança no órgão nos últimos anos. A instituição que representa judicialmente e atua como consultoria jurídica do Estado teve três mulheres empossadas no cargo de procuradora-geral em sua história, sendo a primeira em 1996. Além disso, atualmente a PGE/RS conta com duas mulheres nos cargos de procuradora-geral adjunta.

A íntegra do debate pode ser visto em https://www.youtube.com/watch?v=wnFE7PMQ6CI&t=400s.

APOSENTADORIA: Orientações quanto a processos e pedidos

Em 17 de março de 2021, por meio da Escola de Governo da Subsecretaria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da SPGG, ocorreu evento direcionado às áreas de gestão de pessoas e servidores em vias de se aposentar, esclarecendo temáticas como: a) como formalizar e instruir o processo administrativo do pedido de aposentadorias evitando que sejam feitas diligências que retardem a concessão do benefício; b) a importância da correta análise prévia das áreas de gestão de pessoas para evitar indeferimentos; c) licença aguardando aposentadoria (LAA) e pedido de sustação; d) procedimentos após o deferimento e trâmites no caso de indeferimento.

O palestrante foi o servidor Alexandre Torres Petry, Analista em Previdência do Ipê Prev. O evento completo encontra-se disponível no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=fNRw2rH3cQ8

TREINAMENTO RHE: Módulo de Declaração de Bens e Renda

No dia 30 de março de 2021 ocorreu treinamento aos servidores dos Departamentos Administrativos e RHs do RS, sobre o módulo de Declaração de Bens e Renda, do Sistema de Recursos Humanos do Estado do RS.

Coordenado pela Escola de Governo da Subsecretaria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da SPGG, o evento teve como palestrante o servidor Marcelo de Araújo, do Departamento de Gestão de Pessoas – DEGEP/SPGG.

A capacitação ocorrida está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KWoATpxpRDE

FÓRUM DE RH

No último dia 31 de março foi promovido o 19º Fórum de RH do RS. No evento, que é coordenado pelo Departamento de Gestão de Pessoas da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), forma abordados os seguintes temas:

– Pareceres da PGE/RS n.°s 18636/2021 e 18452/2020 (gratificações e mandato sindical e classista): Andrea Pasquini, DEGEP.

– Parecer da PGE/RS n.°s 18621/21 (abono): Leonardo Justino, DIBEN.

– Programação de Abril E-Gov: Anelize D`Ávila.

– Orientações DMEST: Carla Bravo.

– IF-RHE Férias: Juliana Debaquer, DGF/SEFAZ.

– Qlik Sense: Agenor e Jeanisse, SEFAZ.

– A Filosofia na organizações: cooperação, ética e trabalho: José Mauro Gonçalves Nunes, professor adjunto da UERJ, professor do Mestrado Executivo em Gestao Empresarial da EBAPE/FGV e Sócio-Diretor da Pragma Consultoria e Treinamento.


O material completo sobre os assuntos apresentados nesse e nos demais fóruns de RH estão disponíveis em: https://airtable.com/shreIAJkYW5vliBRp/tblin6UMfwcnsy7k2.

TESTE HBDI: Ferramenta para auxiliar na gestão de pessoas e no autoconhecimento é aplicada na SPGG

Conhecer os diamantes internos de cada membro da equipe e do tempo como um todo pode ser uma ferramenta importante para trazer melhores resultados e alocar as tarefas de forma mais assertiva. Com esse objetivo, o diretor do Departamento de Acompanhamento Estratégico (DAE), Vinícius Piccini, exige o Departamento de Gestão de Pessoas do Estado do RS (Degep) a Aplicativo do Teste de Perfil HBDI junto à equipe de 16 servidores. Baseado no teste de dominância cerebral de Ned Herrmannn, o HBDI (“Herrman Brain Dominance Instrument”), já vem sendo utilizado para mapear os perfis dos processos de seleção de lideranças por competência – Qualifica RS, e para conhecer um pouco mais os novos APOGs que ingressaram no SPGG.

O Perfil HBDI demonstra a nossa tendência mental (ou tendências), a qual influencia o modo como pensamos, trabalhamos, reagimos, tomamos decisões, sentimos e nos comunicamos. O resultado do teste gera um perfil de modelo mental em formato de gráfico com quatro quadrantes: intelectual, intuitivo, instintivo e racional.
A equipe da Divisão de Gestão de Pessoas por Competências (Dcomp / Degep) aplicou o teste, elaborou gráficos individuais, textos explicativos e gráfico do tempo DAE, demonstrando em quais quadrantes a equipe está situada. A Dcomp buscou ainda aproximar a equipe do PROSER / DMEST dessa iniciativa, para divulgar o trabalho realizado em prol da prevenção à saúde e o acolhimento aos agentes públicos do Estado.

Para propiciar o debate e a solução de dúvidas, foi realizado o encontro online no dia 8 de abril com as equipes do DAE, Dcomp / Degep e Programa de Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (ProSer), do Departamento de Perícia Médica e Saúde do Trabalhador (Dmest), totalizando 33 pessoas.
No encontro, a diretora do Degep, Andrea Pasquini, explicou sobre o Teste de Perfil e o histórico de utilização na SPGG, sendo a aplicação no DAE um piloto, que pode ser expandido para mais Departamentos, conforme demanda. Para Piccini, o teste dispensado à equipe oportunidade para que cada um se conheça e trabalhe melhor, capacitando seus pontos fortes destacados nos resultados.

PÍLULAS DE CONHECIMENTO: O desafio da liderança em meio à pandemia da COVID-19 e além
Por Carmen Piccini

Valores constantes em um mundo inconstante

As pessoas em geral, e os líderes em especial, lutando há muito tempo para lidar com as rápidas transformações que afetam a vida e o trabalho. A luta para fazer cada vez mais com menos, enquanto “cuidamos das pessoas”, tem sido intensa e, de maneira geral, tem gerado mais frustração e estresse que sentimentos positivos.

Muito tem se falado e escrito sobre a necessidade de aprender um conviver com o chamado mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo, em português). Quando pensamos que começamos a nos entender com o mundo VUCA, surgiu a pandemia da COVID-19. A partir de então, o antropólogo, o autor e futurista norte-americano Jamais Cascio [1] observou que o VUCA estava obsoleto e não funcionava mais em um mundo tomado pela pandemia. Jamais conhecido o conceito BANI (Frágil, Ansioso, Não-linear, Incompreensível), ou Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível, em tradução livre.

Segundo ele, quando algo é frágil, é suscetível a falhas súbitas e catastróficas. Em um mundo ansioso, toda escolha parece ser potencialmente desastrosa, e o medo passa a ser uma emoção prevalente. Em um mundo não-linear, causa e efeito são aparentemente desconectados ou desproporcionais, dando-nos cada vez menos a sensação de controle – tão importante para os seres humanos. Em um mundo incompreensível, tentamos encontrar respostas, mas as respostas não fazem sentido.

De acordo com o antropólogo:
• a fragilidade pode ser enfrentada através de resiliência e boa gestão de recursos;
• a ansiedade pode ser aliviada por empatia e atenção plena;
• uma não-linearidade necessáriaia de contexto e flexibilidade;
• e a incompreensibilidade pede transparência e intuição.

Este caminho claramente passa pelo desenvolvimento da inteligência emocional e pela melhoria do processo de comunicação das pessoas, grupos e associações.

Eu acredito que as chaves para encontrarmos bases sólidas para seguir em frente são: entendemos melhor a essência do ser humano e entendemos o nosso papel enquanto líderes neste contexto.

O que o líder pode fazer aqui e agora?

Diz-se que a líder cuida das pessoas e as pessoas cuidam dos resultados. Se você é líder e quer saber como pode agir para ajudar seus liderados e, assim, sua organização a passarem melhor por estes tempos turbulentos, estamos juntos. Não dá para esperar que todas estas novas tendências e teorias sejam dominadas, nem que seja lançado um manual de melhores práticas. Aliás, mesmo quando assumíamos cargas de liderança em um mundo teoricamente mais calmo, eles não vinham com manual de instruções. Na prática, poucos líderes são preparados para liderar antes de assumir o desafio da liderança. Alguns privilegiados contam com bons exemplos, outros com bons mentores. Os poucos que aprenderam em gestão e liderança, mesmo assim, são treinados após assumir o desafio.

Antes de mais nada, precisamos compreender a essência da liderança. Muito se fala sobre liderança, mas talvez o mais relevante seja entendido que para ser um líder, você precisa de seguidores. A organização lhe dá o cargo de gestão. Os seguidores lhe dão, e mantém ou não, seu status de líder. E os seguidores são voluntários. Ou seja, ou você inspira como pessoas a fazer o que precisa ser feito – seja lá do que estivermos falando -, ou terá comandados, empregados, subordinados, pessoas que dependem de você etc., mas não seguidores ou liderados. Esta diferença pode parecer pequena, mas os resultados obtidos podem variar de medíocres (quando a gestão é ineficiente e a líder enfrenta uma determinada mesmo que silenciosa) a exceções (quando associamos gestão eficiente e liderança altamente inspiradora).

Vem comigo

Se você chegou até aqui, o tema provavelmente lhe interessa. Que tal colocar seus sapatos de seguidor e fazer o exercício proposto no livro Liderança Baseada em Forças [2], lançada pela Gallup em 2008? Pergunte-se: que líder teve ou tem a maior influência positiva na sua vida diária? Uma vez identificada a pessoa, liste as três palavras que melhor descreverem a contribuição deste líder para a sua vida.
Convido você a compartilhar as palavras três nos comentários deste artigo, para que possamos, juntos, ampliar esta reflexão.

[1] CASCIO, Jamais. Enfrentando a Idade do Caos, 29 de abril de 2020. Acessado em: 5 de abril de 2021. Disponível em: https://medium.com/@cascio/facing-the-age-of-chaos-b00687b1f51d
[2] RATH, Tom; CONCHIE, Barry. Liderança baseada em pontos fortes: Grandes líderes, equipes e por que as pessoas os seguem. Nova York: Gallup Press, 2008.

Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/o-desafio-da-lideran%25C3%25A7a-em-meio-%25C3%25A0-pandemia-covid-19-e-al%25C3%25A9m- piccini/